sábado, 16 de setembro de 2017

Em defesa de Lula,Armando cita crescimento do setor automobilístico

Sérgio Montenegro

Senador se disse “inconformado” com denúncia de corrupção passiva contra Lula por conta de medida que beneficiou o Nordeste

Declarando-se “inconformado” com “a tentativa de criminalização” da MP 471, editada em novembro de 2009 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador Armando Monteiro (PTB-PE) foi à tribuna, nesta quinta-feira (14), para defender o petista na denúncia feita contra ele pelo Ministério Público por corrupção passiva na edição da Medida Provisória de incentivos à indústria automotiva. Segundo o petebista – ex-ministro do governo Dilma Rousseff (PT) – essa MP deflagrou uma política de desenvolvimento regional de sucesso, beneficiando o Nordeste e o Centro-Oeste.


De acordo com Armando monteiro, a MP 471 é originária ainda das Medidas Provisórias baixadas no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e contou com amplo apoio do Senado, sendo aprovada por unanimidade das bancadas partidárias na Casa, inclusive com o voto de senadores que faziam oposição a Lula. Ele citou Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e José Agripino (DEM-RN), e enfatizou que a prorrogação dos incentivos fiscais às montadoras, estabelecida pela MP 471, resultou na instalação das fábricas da Ford na Bahia, da Mitsubishi e da Hyundai em Goiás, da Troller no Ceará e, mais recentemente, da Fiat Chrysler em Pernambuco.

“Quebrou-se o paradigma de que a indústria automobilística não era viável nas regiões menos desenvolvidas do País”, assinalou Armando, lembrando que a matriz industrial do Nordeste além de ter representado um salto expressivo com as montadoras, atraiu ainda centros de alta tecnologia a elas vinculados. Essa política de desenvolvimento regional – estimulada pela MP 471 – ajudou a transformar, segundo o senador, a realidade sócio econômica das microrregiões que receberam as montadoras, gerando empregos, estimulando a formação e atração do capital humano “pela elevada densidade tecnológica dos empreendimentos”.

O petebista frisou ainda que, no caso específico da Fiat Chrysler, ela foi instalada em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco no final de 2010, por força da MP 512 que, na prática, era uma prorrogação da MP 471. Ele lembrou que foram investidos cerca de R$ 8 bilhões no empreendimento, e que a linha de produção, o parque de fornecedores e os serviços gerais geraram cerca de 10 mil empregos, dos quais 78% ocupados por pernambucanos.


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